Leve em consideração utilidade e facilidade de acesso na hora de decidir se vale a pena investir em um aplicativo

Ao contrário de smartphones e tablets, a palavra app, abreviatura de “aplicativo”, não é nova. O termo começou a ser utilizado nos anos 80, entre grupos de pessoas ligadas à computação. Contudo, foi com a introdução do primeiro Iphone, em 2007, que ganhou o sentido de software desenvolvido especificamente para ser usado nos smartphones e tablets.

Segundo pesquisa da empresa de tecnologia Avazuinc, o número total de celulares usados no Brasil é de 282 milhões, cerca de 90% deles são smartphones. Veja como as pessoas passam o tempo nesses aparelhos, segundo o site Cyber Gear:

  • São nos dispositivos móveis inteligentes que gastamos a maior parte do nosso tempo online;
  • O tempo gasto diariamente em dispositivos móveis cresceu 575% em três anos;
  • 80% do tempo que se passa em dispositivos móveis é gasto nos apps;
  • Apps oferecem ao usuário uma experiência que nem mesmo sites responsivos são capazes de oferecer.

usuário de aplicativo em campus faculdade

É mais difícil se conectar com seus alunos e envolvê-los de maneira eficaz se você ficar sentado atrás da mesa, ou apenas criar um programa de área de trabalho. As universidades e escolas precisam ir onde os estudantes passam a maior parte do tempo – a internet móvel. A geração millenium é tão envolvida com os smartphones que muitos alunos sequer possuem um computador de mesa.

Cada vez mais, os estudantes escolhem instituições que oferecem ampla gama de aplicativos móveis. O objetivo é resolver tudo em apenas um lugar, desde encontrar o caminho de volta ao campus, inscrever-se nas aulas, garantir a segurança da escola e fazer pagamentos de taxas.

Facilitaria bastante se os alunos pudessem executar todas as tarefas num aplicativo único, em vez de acessar vários aplicativos para cada objetivo.

Há benefícios para sua IE?

Nas instituições mundo afora, os aplicativos são usados tanto no recrutamento de novos prospectos, quanto na rotina de alunos já existentes. Além de melhorar a experiência do aluno, os apps também permitem que os potenciais alunos integrem-se à instituição.

Apesar dos custos e dos desafios, manter um aplicativo próprio permite:

  • Comunicação estudantil eficaz e personalizada;
  • Divulgar a marca da escola rapidamente;
  • Oferecer aos alunos, com apenas alguns toques no celular, acesso a recursos de suporte;
  • Incentivar a comunicação e o envolvimento dos colegas;
  • Fornecer serviços móveis para os estudantes que estão ingressando no ensino superior;
  • Acompanhar processos administrativos, como solicitações à secretaria;
  • Disponibilizar segunda via do boleto da mensalidade;
  • Atendimento via chat;
  • Consulta de notas, faltas e de status de livros emprestados da biblioteca;
  • Disponibilizar notícias relativas à instituição e à vida estudantil.

mão usando o aplicatvo de música no smartphone

O que considerar antes de investir em um aplicativo?

Mesmo ao desenvolver uma estratégia integrada mais ampla, considere soluções de curto prazo. Os canais digitais se movem muito depressa para que se espere de seis a 12 meses para corrigir erros e fazer ajustes.

Os alunos só vão acessar o app continuamente se encontrarem elementos de engajamento e serviços incorporados. O aplicativo deve ser um facilitador de comunicação bidirecional entre o aluno e instituição.

Os alunos vão abandonar bem rápido o aplicativo se ele for visualmente desagradável, chato, intrusivo ou cansativo. Estatísticas mostram que 23% dos usuários rejeitam um aplicativo após um uso e 62% usam um aplicativo menos de 11 vezes.

Esses fatos devem ser levados em conta se a sua instituição planeja investir em um aplicativo móvel. Seus objetivos e o retorno do investimento devem ser claramente compreendidos e descritos antes do lançamento.

Outros fatores precisam ser levados em consideração, como:

A integração dos aplicativos móveis aos outros sistemas internos

Uma parte essencial de um plano integrado de comunicações é garantir que as informações sejam apresentadas em canais relevantes para o público-alvo. O maior desafio é, muitas vezes, integrar aplicativos móveis a outros sistemas internos como site, blog e redes sociais da IES. Contudo, vale a pena perseverar e unir esses sistemas, pois é quando o usuário experimenta uma funcionalidade realmente útil.

Acessibilidade a todos os alunos

Quando se trata de aplicativos móveis, o debate gira em torno de fornecer acesso a todos os alunos e não apenas àqueles que possuem iPhone ou iPad. A sua força-tarefa deve concentrar-se em desenvolver um aplicativo que abarque toda a internet móvel. Isso é independente de dispositivos e pode ser baixado pelo navegador da internet móvel, independentemente do aparelho;

Usabilidade das métricas para acompanhar seu aplicativo

É natural e importantíssimo que você queira saber tudo sobre seu aplicativo. Deve-se avaliar: funis de conversão (Google Analytics e Kissmetrics), erros (Crashlytics e Crittercism), performance (Newrelic) e atribuição e marketing (AdJust e Flurry).

Com as métricas, você verifica de onde vêm os usuários e se há entre eles os que possam ser convertidos em alunos. Também é possível avaliar o desempenho do seu app, taxa de rejeição, entre outros dados.

Como fazer um app para sua instituição de ensino?

Os aplicativos se dividem entre aqueles criados para gerar renda e aqueles destinados ao marketing. O app de uma instituição de ensino, na maior parte, enquadra-se na segunda categoria. Lembre-se disso ao tomar a decisão de investir nessa tecnologia.

Em média, o preço que se cobra no mercado pelo desenvolvimento de um bom aplicativo varia entre R$30 e R$50 mil, o que determina o valor é a funcionalidade. No entanto, existem grandes plataformas como a  Appmakr e a Redfoundypelas quais você mesmo desenvolve seu aplicativo ou utiliza a prestação de serviço. O site Life Hacker é um bom recurso para desenvolvimento de aplicativos e informações sobre publicação na web.

Conclusão

Nos Estados Unidos e na Europa, muitas das grandes universidades, senão todas, adotaram o aplicativo móvel como forma de interagir como os estudantes e engaja-los. A Universidade de Harvard, por exemplo, em Massachusetts (EUA), desenvolveu um app com ícones para todas as áreas da universidade.

demontrativo do aplicativo da universidade de Harvard

Já a Universidade de Aberystwyth, no País de Gales, tem o AberWorld para manter a comunidade de ex-alunos conectada à universidade e uns aos outros. O serviço integrado de comunicação e localização permite aos ex-alunos enviar mensagens curtas entre si com privacidade e segurança.

No Brasil, universidades públicas e privadas, como UNIP e Anhanguera, também dispõem de aplicativos tanto para sistemas IOS quanto para Android. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, por exemplo, optou por vários appsum para cada tipo de conteúdo.

Demonstrativo do aplicativo da UNIP

Ao escolher investir num app para sua instituição de ensino, preocupe-se com a manutenção do mesmo. Afinal, é necessário que ele funcione bem e seja acessado em qualquer sistema operacional. São comuns, nas lojas de aplicativos, as avaliações e reviews negativas dos usuários sobre mau funcionamento do produto. É algo que certamente desencoraja alguém a instalar e usar o aplicativo com frequência.

Um aplicativo pode ser um facilitador entre a comunicação da sua IE e o potencial aluno. Mesmo que não seja um investimento para esse momento, vale a pena pensar sobre o assunto.

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Marcelo Lima
por Marcelo Lima
Marcelo Lima trabalha para colocar estudantes na sala de aula há mais de 20 anos, como profissional de marketing educacional já trabalhou com mais 250 faculdades. É um dos pioneiros do EAD no Brasil e busca sempre os melhores conteúdos em forma de cases e novas ferramentas para os canais da Quero Educação.