Levantamento aponta para uma queda nos preços de cursos de graduação presenciais e a distância

 

Realizado pelo time de Inteligência de Dados da Quero Educação — startup que possui o maior ecossistema de marketplaces e produtos educacionais do país — a partir da análises de dados do Censo da Educação Superior 2021 do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) — órgão ligado ao Ministério da Educação responsável por exames e pesquisas educacionais — e também dados próprios, o Panorama do Ensino Superior Privado no Brasil 2022 trouxe um overview do mercado de ensino superior.

Um de seus principais resultados aponta para uma deflação 8,93% na média de preços cheios dos cursos de graduação presenciais no segundo semestre de 2022, ao ser comparado com o mesmo período de 2021.

 

 

Segundo Marcelo Lima, nosso CRO e responsável pelo Projeto do Panorama,

“isso indica que, após sucessivos aumentos seguindo a inflação, as Instituições de Ensino Superior se viram obrigadas a ajustar o preço cheio de seus cursos presenciais em -8,93%, compensando parte dessa diferença com o aumento de 1,62% na média de preço com desconto, que costuma ser trabalhado por elas tanto em ofertas específicas, quanto em marketplaces de educação, como é o caso da Quero Bolsa.”

Essa média se adequa à menor propensão dos estudantes em pagar o preço daquele curso: “No comparativo com a inflação de demanda, que mostra a disposição do estudante em pagar a mensalidade ofertada, fica visível o descasamento com a inflação da oferta dos preços com desconto. Em praticamente todas as áreas analisadas, o estudante estava menos propenso a pagar o preço do curso”, completa Marcelo Lima.

 

Áreas com maior queda de preços de cursos de graduação

Na média nacional, os preços de cursos de graduação da área OCDE de Humanidades e Artes apresentaram a maior deflação, com uma queda de 15,44% no segundo semestre de 2022, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Saúde e Bem-estar social, área com bastante demanda em 2022, apresentou queda de 8,91%. Já a área que apresentou a menor deflação no período foi Agricultura e Veterinária, com 0,81%.

 

Redução dos preços de cursos de graduação por região

Ao analisar o comportamento dos preços de cursos de graduação por região, notamos que a região Sudeste apresentou a maior queda de preço do cenário nacional, com uma deflação de 15,88%. Já a região Norte do Brasil apresentou um aumento de 4,22%.

 

A ascensão do semipresencial

Apesar de ainda não ser uma modalidade oficialmente reconhecida pelo MEC, o semipresencial vem ganhando bastante espaço nas faculdades privadas. A adoção do modelo surge como uma resposta das Instituições de Ensino privadas à crescente demanda de alunos por um ensino híbrido.

 

Concentração de mercado

Outro ponto relevante do estudo é a análise em relação à concentração de mercado. No recorte com cidades de mais de 100 mil habitantes, os cursos das áreas de Ciências Sociais, Negócios e Direito, Humanidades e Arte e Saúde e Bem-estar social apresentam uma grande concentração de IES com ofertas, se enquadrando em “Alta Concorrência”.

Já os cursos da área de Ciências, Matemática e Computação, por enquanto, podem ser consideradas como “Oceano Azul”, ou seja, com um grande potencial, pois apresentam um número considerável (e crescente) de buscas  para um “Baixa concorrência” de IES.

Um exemplo é o curso de Tecnologia da Informação. Em Belo Horizonte, uma das principais capitais do país, o curso ainda apresenta baixa concorrência, conforme a imagem abaixo demonstra.

 

 

A área de saúde domina os cursos mais buscados

No segundo semestre de 2022, os cursos da área de saúde foram predominantes entre os dez cursos mais buscados em todas as três modalidades de ensino –  presencial, semipresencial e ensino a distância. O destaque fica por conta do curso de Enfermagem: ele lidera as buscas nas três modalidades, mesmo naquelas em que ele não atua, como é o caso do EaD.

 

Curva de demanda

Ferramenta adicionada recentemente ao Panorama, a curva de demanda permite que o usuário visualize quais são as faixas de preço que um determinado curso, de determinado estado e modalidade, mais recebe buscas, e compara com a receita esperada em cada faixa de preço. Com essa análise em mãos, os usuários podem aprimorar a estratégia de precificação de seus cursos.

Como exemplo, o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, na modalidade presencial, em São Paulo, tem 18,11% do share de buscas na faixa dos R$ 300,00. Porém, conforme o gráfico indica, a faixa dos R$ 500,00, com um share de 16,51%, é aquela que traria a maior receita para a Instituição de Ensino.

 

 

Panorama da Educação 2022

Essas são apenas alguns dos insights trazidos ao analisar o Panorama do Ensino Superior Privado no Brasil 2022. Em sua sexta edição, o Panorama da Educação, como é mais conhecido, retorna com um overview do mercado de Ensino Superior.

Seu intuito principal é fornecer dados e análises confiáveis do mercado e, com isso, auxiliar as Instituições de Ensino Superior em seus planejamentos e tomadas de decisão, além de permitir que os próprios gestores interajam com as informações, pois elas são apresentadas de forma interativa, permitindo a utilização de filtros para criar novas visualizações desses dados.

Segundo o Marcelo Lima, “essa é uma forma de compartilharmos com o mercado toda a Inteligência de Dados que desenvolvemos internamente, que auxiliam em nossas tomadas de decisão e que podem auxiliar também as Instituições de Ensino Superior”.

Afinal, são muitas as facilidades trazidas pela interatividade. Um gestor pode pesquisar, por exemplo, como está a concorrência do curso de Enfermagem em Belo Horizonte, ou, então, quais são os cursos semipresenciais mais buscados em Alagoas. O Panorama permite isso. E esses dados podem definir onde pode ser aberto o próximo polo e para quais cursos haverá demanda.

Este estudo interativo e gratuito está disponível a todos. Acesse agora o Panorama da Educação 2022.

Guilherme Zaccaro
por Guilherme Zaccaro
Copywriter na Quero Educação