Conheça as tendências para o setor educacional no período pós pandemia e veja como posicionar sua IES para o próximo semestre
Num momento em que três das maiores universidades públicas do Brasil – USP, Unicamp e Unesp ,- anunciaram a decisão de manter as aulas à distância até o fim do ano de 2020, é importante que a sua instituição de ensino esteja a par das últimas notícias e à postos para lidar com quaisquer imprevistos e preparar-se estrategicamente para o que está por vir.
É notório para muitos, que as consequências da pandemia do novo coronavírus impactaram negativamente inúmeros setores, sendo o da educação um dos principais deles. Afinal, além da adaptação emergencial das aulas presenciais para o ensino híbrido, esta tem ocasionado inúmeros casos de inadimplência e evasão para as instituições de ensino superior privado, que mal tiveram tempo de se preparar e colocar em prática o planejamento para o segundo semestre deste ano.
Assim, pensando em atualizar e compartilhar, segundo a ótica do mercado, as novas tendências para o setor educacional, convidamos especialistas para contribuir com o artigo de hoje. Acompanhe até o final.
A tecnologia como potencializadora de aprendizagem
Maria Alice Carraturi, Diretora de Conteúdo da Bett Educar, acredita que, com o fechamento repentino das instituições de ensino, a educação não voltará a ser a mesma. Afinal, segundo ela, como de uma hora para outra as instituições educacionais precisaram se lançar ao uso intensivo de tecnologias para garantir o ano letivo, sem preparação ou planejamento, acabaram por cometer erros no processo de emular o presencial no virtual. Erros estes, alega, que devem-se pela abstenção, durante décadas, à respeito da implantação de uma educação mais tecnológica, híbrida ou a distância.
“E o que devemos aprender com essa lição? Que a instituição de ensino precisa mudar seu modelo, que já não serve mais. O novo modelo precisará ser mais flexível, atualizado, híbrido. Para que isso aconteça, é preciso planejar, conhecer, fazer.”
Maria Alice ainda comenta que, no futuro, a educação deverá ser híbrida e mais personalizada e que as instituições devem estar sempre preparadas para uma nova pandemia.
“Que aprendamos a usar a tecnologia como potencializadora de aprendizagem e não como uma inimiga potencial.”
Tendências para o setor educacional em 2022
Segundo a Conselheira da Associação Brasileira de Educação a Distância, Josiane Tonelotto, uma das tendências que o mercado da educação terá para 2022 será a mudança total na forma de receber os alunos.
“Pouquíssima interação física, redução no quadro de aulas presenciais, menos interação entre os alunos e mesmo os trabalhos em grupo não serão recomendados, além da obrigatoriedade do uso dos equipamentos de proteção individual para professores e alunos.”
Segundo ela, outro grande aprendizado será em relação ao aprofundamento dos professores em recursos de tecnologia que permitam que o aluno mostre a sua participação e a sua interação com a utilização do recurso.
“A tecnologia nunca foi tão bem vinda na educação presencial e em alguns cursos é possível trabalhar com aspectos dessa natureza como agora. Essa será uma condição para o professor sobreviver, usar tecnologia mais e mais da melhor maneira que ele puder.”
O setor educacional no período pós-pandemia
Dentre as tendências para o setor educacional no período pós-pandemia, estão:
O ensino híbrido veio para ficar: em meio ao decreto de isolamento social, as instituições de ensino de todo o Brasil precisaram adaptar os seus cursos presenciais para o ensino remoto. Desta forma, muito pôde se aproveitar da modalidade de ensino híbrido e esta tendência tende a continuar em alta durante os próximos anos. Por meio do ensino híbrido, como pudemos ver neste artigo, é possível seguir o calendário de aulas através de recursos digitais como o Google Meet, Google Classroom, Zoom etc.
A ciência como protagonista: os investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação, que vinham sendo reduzidos nos últimos anos, podem sofrer impacto positivo daqui em diante. Entram em cena pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, desenhando processos produtivos, novos modelos de negócios e novas tecnologias. Portanto, as instituições de ensino que ainda não possuem programas de incentivo à pesquisa, devem começar a se planejar para abranger esta possibilidade.
O marketing de causa será a grande sacada das campanhas: na fase inicial da crise, organizações desenvolveram ações de conscientização para evitar a disseminação do novo coronavírus. O marketing de causa ganhou expressividade durante a pandemia e acompanhará seus efeitos duradouros. Estratégias genuínas de comunicação e relacionamento resultarão em laços mais estreitos entre marcas, consumidores e cidadãos mais atentos.
Atendimento humanizado: em momentos delicados como o que estamos vivenciando hoje, é extremamente importante segmentar o atendimento de acordo com o cenário e realidade dos alunos. Além disso, humanizar e tornar o atendimento cada vez mais empático, será a grande sacada das instituições de ensino.
O futuro chegou
Mesmo em tempos de crise, antecipar o planejamento estratégico da sua instituição de ensino perante os últimos acontecimentos do mercado, é essencial. Seu time precisa estar bem informado sobre o que acontece e minimizar, por meio de ações eficazes, as consequências e impactos negativos. Portanto, atente-se às tendências e destaque a sua instituição de ensino da concorrência. A hora é agora.
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