Apesar do franco crescimento nos últimos anos e de alguns cursos nesse formato serem bem avaliados, ainda sobram dúvidas sobre a qualidade do ensino EaD
Breve histórico e estruturação do ensino EaD
Que o ensino EaD foi responsável pelo grande avanço na democratização do ensino superior, você provavelmente já sabe. Afinal, esta modalidade permitiu que milhares de cidadãos ingressassem em uma universidade, superando adversidades, como falta de tempo, pouco recurso financeiro e distância física do campus. Mas, você sabia que, em 2017, enquanto o número de matrículas do ensino superior, na modalidade presencial, apresentou queda pelo segundo ano consecutivo, na educação à distância houve um aumento considerável: de 1.494.418 para 1.756.982 matrículas?
No entanto, mesmo com todo o investimento de instituições líderes de mercado em cursos nesta modalidade e do próprio governo, através das universidades públicas à distância, os mais céticos ainda duvidam que um curso EaD possa ter a mesma qualidade de ensino que tem um curso presencial.
Grande parte da população ainda acredita ser fundamental para o estudante interagir presencialmente com outros alunos para formar as suas experiências pessoais. Além disso, muitos ainda duvidam que um aluno disponha da dedicação necessária para estudar em um curso EaD e obter os mesmos resultados de um aluno matriculado efetivamente em um curso presencial.
Mas e você, de que lado está? Acredita que o ensino EaD realmente tem superado as expectativas dos alunos em parâmetros qualitativos, ou também priorizaria o ensino presencial caso tivesse que optar por uma das duas modalidades? Garanto que você poderá se surpreender e posicionar-se sobre o assunto após a leitura deste artigo.
O que é o ensino EaD?
O primeiro registro de um curso EAD no Brasil ocorreu no ano de 1904. O Jornal do Brasil ofereceu um curso para datilógrafos por meio de cartas. Essa prática logo se tornou muito comum entre os jornais do século XX. Como a educação no Brasil não era uma possibilidade para todos, uma grande parte da população usava esses cursos para se especializar em profissões voltadas para grandes indústrias.
A fundação da Rádio Sociedade, do Rio de Janeiro, em 1923, também teve grande papel no ensino aà distância. Apesar de ter sido considerado muito revolucionário para a época, a rádio acreditava na educação da população brasileira mais humilde através de um sistema de ensino pouco comum, que prezava ensinar o que acontecia no Brasil e no mundo.
Outros registros mais antigos ainda contam com a criação do “Telecurso 2000” pela Fundação Roberto Marinho. Tal curso tinha como objetivo aperfeiçoar os conhecimentos sobre matemática, linguagens, história, entre outros. Os cursos tinham como público-alvo adultos que não tiveram a oportunidade de estudar e que buscavam o letramento e inclusão no mercado de trabalho.
Anos mais tarde, o ensino à distância evoluiu da mesma maneira que o mundo mudou, porém mantendo o mesmo objetivo: a disseminação do conhecimento para todo e qualquer indivíduo.
Atualmente, o ensino EaD é considerado uma modalidade de educação mediada por tecnologias em que discentes e docentes estão separados espacial e/ou temporalmente, ou seja, não estão fisicamente presentes em um ambiente presencial de ensino-aprendizagem.
A importância de investir no EaD
São muitos os benefícios que a sua instituição de ensino pode obter ao expandir sua grade curricular para o ensino EaD. Conheça alguns:
Diminuição de custos
Embora sejam necessários investimentos em uma plataforma AVA (ambiente virtual de aprendizagem) e criação de conteúdo audiovisual para suportar a demanda, a sua instituição de ensino não precisará custear recursos necessários à uma infraestrutura física, tal como professores em tempo integral e, ainda, expansão de número de atendentes para realizar solicitações e ocorrências simples e que podem facilmente ser integradas ao ambiente virtual do aluno.
Otimização de tempo do corpo docente
Com o EaD e através do AVA, os professores e tutores responsáveis por cada disciplina poderão otimizar e agilizar a entrega de atividades avaliativas, testes e trabalhos, além de avaliá-los online e efetuar facilmente a entrega das notas. O desgaste com inúmeros papéis e trabalhos que podem facilmente se perder, não será mais um problema.
Matrículas ilimitadas
Já que não serão necessários investimentos em uma infraestrutura física, também não há limitações na hora de aceitar e efetivar as matrículas dos alunos nos cursos. Você poderá captar durante todo o ano e aumentar exponencialmente a sua receita mensal.
Garantia de qualidade
Com todo o conteúdo das disciplinas disponíveis em um único ambiente, fica mais fácil para você, gestor, acompanhar o desempenho e garantir a qualidade do serviço prestado.
Também é interessante pontuar que o EaD contribui ativamente para a democratização do ensino superior, aumentando o número de matrículas efetivadas semestre a semestre. Afinal, a flexibilidade física torna possível a mais pessoas o acesso ao ensino superior.
Além disso, é importante que a IES tenha um bom atendimento ao aluno.
Os melhores cursos EaD do Brasil
Agora que você já sabe a importância de investir no ensino EaD, chegou a hora de conhecer os melhores cursos desta modalidade no Brasil, segundo o Enade:
Guia prático: como estruturar um curso EaD
Para acertar em cheio no posicionamento da sua instituição de ensino e descobrir se este está ou não sendo efetivo, é necessário responder à algumas perguntas primordiais:
1 – Determine um público-alvo:
Qual a idade dos seus alunos? Em que etapa da jornada acadêmica eles se encontram? Quais são seus interesses, comportamentos e desafios? Antes de começar a traçar as diretrizes do seu curso, é fundamental montar – e conhecer muito bem – o perfil da sua persona.
2 – Planeje o conteúdo e os formatos:
Com o público alvo estabelecido, faça o desenho instrucional do curso e o programa de cada módulo, com os tópicos a serem estudados. A partir disso, defina os formatos e materiais utilizados. Vídeos são o carro-chefe do ensino a distância, mas eles serão compostos por uma animação? Uma facilitação gráfica ou slides com voice-over? Um professor falando diretamente para a câmera?
3 – Escolha a plataforma:
Você pode optar por uma plataforma já existente, como por exemplo o Youtube (a USP, por exemplo, optou por esta plataforma e a utiliza em alguns de seus programas) ou o Vimeo, mas também pode escolher uma plataforma própria. Neste caso, precisará de um sistema de gestão (LMS – Learning Management System).
4 – Planeje os custos:
Tenha um orçamento da sua produção, e, assim, saberá também se terá condições de oferecer um curso gratuíto ou se ele deverá ser custeado pelo aluno. É importante lembrar que os MOOC (Massive Open Online Course) são comuns entre IES brasileiras e internacionais. Eles permitem compartilhar conhecimento sobre o qual a faculdade possui domínio de forma gratuita ao público. Assim, agrega-se valor a ele, e, portanto, alcança-se mais pessoas.
5 – Desenhe sua campanha de divulgação:
Se as aulas estão prontas, chegou a hora de contar ao mundo (ou melhor, novamente, ao seu público). Para tanto, confira nosso artigo sobre marketing educacional clicando aqui para usar os canais certos e criar a melhor comunicação online para o seu novo curso.
Conclusão
E então, agora você já pode responder a pergunta que encabeça este artigo: o ensino EaD tem a mesma qualidade do ensino presencial?
Espero que este artigo tenha te auxiliado na busca pela compreensão desta modalidade que promete estar cada dia mais presente na realidade do cidadão brasileiro.
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