Com os impactos pelos quais a educação brasileira passou nos últimos anos, diversas mudanças que já se avizinhavam foram aceleradas. Descubra neste artigo as principais tendências do Ensino Superior para 2023

Vivemos em um mundo que está em constante evolução. E a educação não está à parte disso. Durante e após a pandemia causada pela Covid-19, que intensificou essas mudanças, as Instituições de Ensino Superior (IES) buscaram se adaptar rapidamente às novidades. Confira agora as principais tendências do Ensino Superior para 2023.

7 tendências do Ensino Superior para 2023

Ensino híbrido

Nos últimos anos, outras modalidades de ensino, que não o presencial, vêm ganhando força e um espaço cada vez maior nas escolhas dos alunos. E uma delas, que se posiciona entre o presencial e o EaD, têm se destacado bastante pelo crescimento acelerado em 2022: o semipresencial. Trata-se de uma metodologia que mescla aulas e exercícios online e presenciais, com auxílio de ferramentas digitais e uma maior flexibilidade de carga horária entre as atividades.

O formato, que foi criado pelas Instituições de Ensino privadas como uma resposta às demandas dos alunos e foi adotado de forma emergencial em todos os níveis, ganhou um impulso ainda maior no cenário pós-pandemia.

Nos resultados consolidados do semestre de 2022.2 da Quero Bolsa, o principal marketplace de educação do Brasil, os cursos de graduação semipresenciais tiveram um aumento de 69,34% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Porém apesar de todos esses avanços, ainda é necessário que essa modalidade seja reconhecida oficialmente pelo MEC. Portanto, para 2023, a tendência é que esse modelo seja ainda mais difundido pelas Instituições de Ensino privadas, e espera-se que o MEC, enfim, possa regulamentar a modalidade.

 

Leia também: A hora e a vez do semipresencial

 

Educação continuada

Também conhecida como aprendizagem contínua ou lifelong learning, é um conceito que trata a aquisição de conhecimento como um processo que ocorre ao longo de toda a vida. E que, geralmente, foge dos limites formais da educação.

Apesar de ter surgido na década de 70, esse conceito só começou a ser popularizado na década de 2010, após um relatório da Unesco sobre a Educação no século XXI.

Seus quatro principais pilares são:

  • aprender a conhecer;
  • aprender a fazer;
  • aprender a conviver;
  • aprender a ser.

Além disso, diversos tipos de cursos podem ser classificados como educação continuada, como pós-graduações, cursos livres e cursos de idiomas. Hoje, 15,07% dos alunos matriculados pela Quero Educação pertencem a essa categoria de ensino e a tendência é que isso seja ampliado em 2023.

 

Competências socioemocionais

O Brasil é o país mais ansioso do mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). E, ainda que não tenhamos dados mais dados mais recentes, é de se imaginar que isso tenha piorado, devido a todo o contexto vivenciado pelos brasileiros desde então, principalmente devido aos impactos da pandemia. Neste sentido, as instituições de ensino, como agentes de formação e de transformação, são essenciais no fundamento para o desenvolvimento das competências socioemocionais de seus alunos.

Apesar de já ser uma das exigências da nova BNCC (Base Nacional Comum Curricular) para a Educação Básica, é uma necessidade que o desenvolvimento socioemocional seja expandido para todos os níveis de ensino, não apenas para melhorar o convívio do aluno em sociedade, mas também para o mercado de trabalho.

Isso porque,  segundo o relatório “Perspectivas do mercado de trabalho para graduados”, feito pela ZipRecruiter, para 93% das companhias, as soft skills, ou habilidades sociais, são tão ou mais do que as competências técnicas.

 

Tecnologia educacional

E-learning, inteligência artificial, realidade aumentada e simuladores digitais são alguns dos recursos de tecnologia que podem auxiliar no aprendizado dos alunos. Alguns deles, como o e-learning, ou aprendizado eletrônico, já têm ampla implementação pelas Instituições de Ensino. Outras, como a realidade aumentada, ou educação imersiva, ainda estão em fase de testes, mas terão muito a contribuir no futuro com a imersão do aluno no conteúdo que está sendo abordado.

Com os avanços recentes das inteligências artificiais, nomeadamente do ChatGPT, é provável que tenhamos novidades em relação a isso em 2023.

 

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Microlearning

Será que daremos adeus às longas aulas? Uma das tendências de ensino, que já é utilizada com sucesso em plataformas online de aprendizagem em cursos de lifelong learning, é o microlearning. Ele nada mais é do que uma abordagem de ensino que divide um conteúdo complexo em partes menores. Afinal, segundo alguns estudos, conseguimos focar e reter apenas uma pequena quantidade de conteúdo dentro de um determinado período de tempo.

Portanto, essa divisão em conteúdos menores seria bem-vista pelos alunos, além de permitir o apoio de recursos multimídia e a inserção de conteúdos multidisciplinares de forma mais fácil.

 

Gamificação

Basicamente, a gamificação é a aplicação de técnicas e elementos encontrados em jogos, em especial os digitais — como avatares, desafios, rankings, prêmios, aumento sequencial e contínuo de dificuldade, etc. — em atividades que não são jogos. Por exemplo, na educação. Apesar de não ser uma novidade neste setor (quem lembra do uso de estrelinhas para premiar os alunos quando alguma atividade era bem-executada?), a gamificação ainda pode ser muito explorada pela Instituições de Ensino, tornando o processo de ensino-aprendizagem, e a própria experiência do aluno, uma atividade muito mais lúdica, imersiva e divertida, sem atravancar o desempenho acadêmico.

Dados para a gestão educacional

Cada dia mais, as IES tem demandado dados para o planejamento de suas tomadas de decisão. Por isso, além de trabalharem na definição de KPIs mais precisos sobre o seu próprio negócio, como o CAC (Custo de Aquisição de Clientes) e LTV (Lifetime Value ou ao Valor do Tempo de Vida), as IES também tem demandado dados sobre o mercado educacional de forma mais frequente do que o censo consegue suprir, ainda mais para identificar tendências e oportunidades de mercado.

 

Leia também: Panorama do Ensino Superior do Brasil 2023

 

Vamos conversar sobre as como as tendências do ensino superior para 2023 podem ser usadas pela sua IES?

Como visto, identificar e implementar essas tendências trará à sua IES algumas vantagens competitivas. Portanto, é imprescindível estar atento ao mercado e ter os parceiros certos para auxiliar em seus resultados.

Todos essas soluções podem ser encontradas ao se tornar um parceiro da Quero Educação. Entre em contato conosco e conheça os nossos modelos de parceria.

Guilherme Zaccaro
por Guilherme Zaccaro
Copywriter na Quero Educação