Encurtar distâncias na educação. Essa é a missão da startup Quero Educação que, desde 2013, tem encarado com seriedade o projeto de transformar a educação através da tecnologia. 

A Quero é a única startup brasileira que passou duas vezes Y Combinator. Uma para aceleração e outra para mentoria de growth (crescimento). A startup está na lista das 100 maiores empresas da Y Combinator e é, também, uma das  empresas Endeavor no mundo. Hoje a empresa já possui mais de 700 funcionários divididos entre as unidades de São José dos Campos, na região do Vale do Paraíba – SP (sede principal), São Paulo – SP e Fortaleza – CE. Além disso, tem mais de 6000 instituições de ensino parceiras entre ensino superior, básico, idiomas e técnico. 

Contudo, a Quero não começou do tamanho que é hoje. Foi necessário muita dedicação para que a empresa se consolidasse como o maior marketplace de educação do Brasil com o Quero Bolsa.

Neste artigo você vai entender:

  • A história da Quero Educação;
  • O nascimento do Quero Bolsa;
  • O crescimento e evolução da empresa.

 

Duas funcionárias da sturtup Quero Educação em momento de atendimento sorrindo e alegres
Profissionais do time de relacionamento da Quero em atendimento ao aluno (Foto: Quero Educação)

Rede Alumni, onde tudo começou

Essa história foi iniciada em 2010, quando ex-alunos recém-formados do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) formaram a Rede Alumni. Basicamente, um serviço online para que ex-alunos mantivessem vínculo entre si e com a instituição formadora.

De acordo com André Narciso, CEO da Quero Educação, apesar de não ter sido um negócio lucrativo, a criação da Rede Alumni foi importante para a história da Quero. “O projeto foi importante para o que faríamos depois: um produto olhando para o mercado, feito a quatro mãos. Afinal, a Rede Alumni era um bom projeto, todo mundo gostava, mas a gente não conseguia vender. O produto deixou de existir, mas a empresa continuou carregando seu nome. Daí veio o segundo produto, o Captavest, que foi feito a quatro mãos com algumas faculdades”. 

O Captavest foi o pontapé para o Quero Bolsa. Afinal, foi a premissa de um produto que já auxiliava as instituições de ensino a captarem mais alunos. Entretanto, ele ainda não era um escalável. “Ele precisava de uma veia corporativa mais forte e três recém-formados não conseguiriam imprimir”, declara André.

O problema da captação de alunos no Brasil

As vagas nas universidades são perecíveis e, depois de iniciadas as aulas, não são matriculados mais alunos. Assim, a direção da Quero percebeu um paralelo entre o setor de educação e a aviação ou hotelaria. Afinal, alunos não entram ao longo do curso, como depois de decolar não vendem-se mais passagens, ou depois do horário limite de check-in, não ocupam-se mais quartos de hotel.

Então, para responder a esse gap do mercado entre vagas e demanda de alunos. O Captavest deixou de existir, dando origem ao Quero Bolsa. “Foi nesse momento que percebemos que a educação era um setor que precisava de um agente para fazer essa intermediação e melhor locação da sala de aula. Aviação e hotelaria já tinham marketplaces fazendo esse trabalho e a educação não tinha. Foi aí que surgiu o Quero Bolsa”, pontua o CEO.

O Quero Bolsa foi fundado em 2012 e teve uma penetração muito rápida no mercado. Em 2013 a empresa atingiu o break even   momento em que a empresa recupera o capital investido nela —  e o crescimento foi vertiginoso a partir daí.

De acordo com André Narciso, CEO da Quero Educação, ser acelerada pela Y Combinator validou a startup também no Brasil (Foto: Quero Educação)

Sai Rede Alumni, entra Quero Educação

A Quero Educação teve um rápido crescimento em virtude do sucesso do produto Quero Bolsa. A empresa gerou muito caixa nos primeiros anos e, em 2016, uma grande oportunidade surgiu: ser acelerada pela Y Combinator, a maior aceleradora do mundo.

Foi um processo de seleção muito concorrido, afinal, dezenas de milhares startups do mundo todo se candidataram e apenas algumas foram escolhidas. No caso, a Quero foi a primeira brasileira a participar do programa.

“A jornada da startup é muito difícil e tem momentos que você está muito animado, acreditando, e momentos que você está arrasado achando que vai quebrar. É um leão por dia. Participar da Y Combinator criou um ambiente motivacional muito grande, porque você está no meio de pessoas que construíram coisas gigantescas, como Dropbox, Amazon, entre outras. Teve, também, um componente de networking nos EUA. Éramos uma empresa que não conhecia ninguém lá fora e eles abriram muitas portas. Foi uma validação também. A partir do momento em que é acelerado pela Y Combinator as pessoas olham e pensam: ‘poxa, tenho que prestar mais atenção neles’”, acrescenta o CEO.

Também em 2016 a startup deixou de ter o nome de Rede Alumni para se tornar, oficialmente, Quero Educação.

Descobrindo novos mares

Em 2018 a Quero Educação decidiu, então, olhar para novos mercados. Afinal, até aquele momento a empresa atendia apenas o ensino superior. Contudo, com a consolidação da liderança do Quero Bolsa no mercado, a direção da startup acreditou ser a hora de fazer mais.

“De 2013 a 2018 deixamos passar muitas oportunidades. É como aquela frase do Michael Porter: ‘The essence of strategy is choosing what not to do’. Ou seja, estratégia é escolher o que não fazer. Então é muito importante, se você quiser ter estratégia, saber para o que falar não. Tinha muita escola de inglês querendo comercializar em nosso site e a gente falava não, ensino básico e falávamos não. Esse foco foi muito importante para a gente se consolidar”, acrescenta André.

Em 2018 a Quero Educação incluiu idiomas no marketplace e começou a oferecer serviços de gestão de recebíveis de forma automatizada com o Quero Pago. O Quero Pago é, inclusive, o primeiro produto da Quero direcionado a resolver outras dores da faculdade além da captação: a evasão e inadimplência. Então, não bastava mais captar o aluno. Era preciso garantir que ele continuasse matriculado, que pagasse as mensalidades e que não evadisse até o fim.

Crescimento acelerado: novas aquisições

Em outubro de 2019 a Quero Educação deu outro passo muito importante para o crescimento. Anunciou o aporte de R$20MM no Melhor Escola, marketplace que auxilia pais na tomada de decisão sobre escolas de ensino básico, e a fusão da empresa com o Quero Bolsa.

Logo agora, no início do ano de 2020, outro grande passo foi dado. A Quero Educação adquiriu a operação brasileira em educação da Quinstreet, empresa de marketing de performance online fundada no Vale do Silício. Vale ressaltar que a companhia também atua no ramo de seguros, segmento que não foi comprado pela Quero.

A operação brasileira em educação da QuinStreet é responsável por mais de 100 mil matrículas para grandes players do mercado, como como Cogna Educacional, Laureate, FAM, Estácio e Universidade Cruzeiro do Sul.   “A QuinStreet trabalha adquirindo alunos sem a necessidade da bolsa e nós sabemos que as faculdades têm interesse em aumentar o ticket médio (valor médio pago pelos alunos)”, afirma André.

Nossos produtos

Quero Marketplace

O Quero Bolsa foi desenvolvido com a missão de levar a educação para todo o país, democratizando o acesso ao ensino. Hoje ele é a maior vitrine educacional do Brasil, com mais de mil instituições parceiras em todas as regiões e mais de 60 milhões de possíveis alunos acessando o site anualmente. É mais conveniência e informação para os alunos.

Quero Pago

O Quero Pago é uma solução que aumentou o faturamento médio das instituições parceiras da Quero em 10% e a retenção em 30%. Tudo isso com um processo de gestão de recebíveis automatizado e um atendimento altamente especializado.

Melhor Escola

O marketplace Melhor Escola é o maior no segmento de ensino básico do Brasil. Com informações relevantes sobre as instituições e condições diferenciadas de pagamento, o marketplace torna mais prática e acessível a busca da família por escolas de qualidade para seus filhos

Quero Analytics

O Quero Analytics é uma plataforma com informações exclusivas sobre o mercado educacional com consultores digitais acessíveis, análises de marca, preço, demanda, segmentação de público e portfólio. Tudo isso para otimizar a gestão das instituições de ensino por meio dos dados.

O diferencial da Quero Educação

Transformar a educação a partir da tecnologia não é fácil, mas a Quero Educação trabalha, todos os dias, para conectar quem quer aprender com os especialistas em ensinar. Para isso, a startup tem um conjunto de características. Um deles é o DNA orientado a tecnologia. “Isso criou uma cultura aqui dentro de que tudo é baseado em números. A gente não toma decisão nenhuma sem fazer conta. É uma cultura muito forte de teste no nosso produto e de levar muito dado e muita informação para os nossos clientes”, pontua André. 

Ao mesmo tempo que a Quero tem uma cultura forte de dados, é uma empresa altamente orientada a resultado. “Isso é uma característica rara. A gente tem algumas empresas que são muito fortes em tecnologia, mas não têm foco em resultado. Já algumas empresas que têm uma cultura de resultado muito forte, mas não têm nada de tecnologia. Conseguir juntar os dois acho que é raro e nós temos”, acrescenta.

Mais do que cultura de startup, dados e tecnologia: uma visão de futuro

Muitas vezes um marketplace é interpretado como um portal de desconto. Apesar dessa vertente ter sido muito explorada nos primeiros anos do Quero Bolsa, a visão para o presente e para o futuro não é mais essa. O objetivo do negócio é ser cada vez mais um portal de educação

Para o futuro, a expectativa é ser uma referência sobre onde se encontra tudo em educação no mundo. “A mudança que estamos fazendo agora com admissão digital e Quero Pago já está indo nesse movimento. A própria mudança de marca tira o foco da bolsa do nosso nome. Somos uma marca maior, que é a Quero. Então, a gente está cada vez menos dependente de bolsa e mais alinhado com as faculdades. A nossa visão de futuro é facilitar que qualquer pessoa que quer buscar qualquer tipo de educação no mundo encontre por meio da gente”, afirma André Narciso.

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Marcelo Lima
por Marcelo Lima
Marcelo Lima trabalha para colocar estudantes na sala de aula há mais de 20 anos, como profissional de marketing educacional já trabalhou com mais 250 faculdades. É um dos pioneiros do EAD no Brasil e busca sempre os melhores conteúdos em forma de cases e novas ferramentas para os canais da Quero Educação.