Recentemente, o Instituto Semesp publicou a 12ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil.

Este estudo estatístico reuniu dados extraídos do Censo da Educação Superior de 2020 para gerar inúmeros cruzamentos e trazer diversos insights para quem se preocupa com a Educação Superior Brasileira.

Provavelmente, se você é um parceiro da Quero, muitas destas conclusões não são novidade. Mas, apesar da defasagem de alguns números — afinal, falamos de um Censo que foi realizado em 2020 — eles ainda são essenciais para identificarmos tendências no Ensino Superior.

Neste artigo, quero compartilhar com vocês os principais pontos que retirei deste estudo.

Número de Instituições de Ensino Privadas diminuiu

Segundo os dados do Censo da Educação Superior de 2020, foi possível notar que o número de Instituições de Ensino Superior (IES) privadas diminuiu 6,6%, a maior variação negativa desde o início deste século, enquanto o número de IES públicas aumentou 0,7%.

São 2.153 na Rede Privada e 304 na Rede Pública, totalizando 2.457 IES em atividade no Brasil.

 

 

Ainda assim, a rede privada concentra 87,6% do número total de IES ativas no país.

Além disso, 81,4% de toda a Rede Privada é classificada como Faculdade, 14,4% como Centro Universitário, e 4,2% como Universidade.

Matrículas na Educação Superior

Em 2020, foram realizadas 8.680.945 matrículas de estudantes no Ensino Superior. A Rede Pública matriculou 1.956.606 alunos, enquanto a Rede Privada matriculou 6.724.339 alunos. Neste mesmo período, nossos parceiros captaram mais de 100.000 alunos por meio da Quero Bolsa.

Quem trabalha diretamente com captação de alunos sabe que o capítulo do estudo focado nas matrículas na Educação Superior talvez seja aquele em que os dados estão mais defasados. Isso porque ainda era início da pandemia, e as IES ainda não haviam passado por todas as dificuldades que viriam a seguir.

Ainda assim, ela indica diversas tendências, como a como a força da Rede Privada em ensino a distância (EaD). Se em cursos presenciais as IES privadas responsáveis por 67,7% das matrículas, nos cursos presenciais esse número salta para 94,9%.

E, ainda, cabe destacar que, por utilizar os dados do Inep, a pesquisa ainda não contempla o ensino semipresencial, visto que essa modalidade ainda não é reconhecida pelo MEC. Assim, os números do ensino semipresencial foram adicionados, em sua grande maioria, à modalidade EaD.

Modalidade Presencial

A modalidade presencial contempla um universo de 35.859 cursos ofertados. Em 2020, foram realizadas 5.575.142 matrículas, das quais 3.755.908 na Rede Privada, e 1.799.234 na Rede Pública.

 

Modalidade EaD

Já a modalidade EaD contempla um portfólio bem mais enxuto, com 6.616 cursos ofertados. Em 2020, foram realizadas 3.105.803 matrículas, das quais 2.948.431 na Rede Privada, e 157.372 na Rede Pública.

 

 

Já no comparativo com o ano anterior, é visível o avanço da modalidade. Não apenas pelo impacto da pandemia, que obrigou muitos estudantes a optarem por ela, mas também pela própria maturidade da modalidade.

As matrículas na Rede Privada aumentaram 28,6%, enquanto na Rede Pública elas diminuíram 0,2%. no total, uma variação positiva de 26,8%.

Preferência dos ingressantes

Dentre os alunos ingressantes no Ensino Superior, o estudo trouxe uma novidade. Pela primeira vez, o EaD ultrapassou o ensino presencial. A participação deles foi de 53,3% e 46,7%, respectivamente.

 

 

Porém, algo interessante acontece quando filtramos estes números por idade. Dentre os ingressantes mais jovens, de 19 a 24 anos, o ensino presencial ainda é a modalidade preferida, com 68,4%. Mas, nós últimos anos, vem abrindo espaço para o EaD, que já acumula 31,6%.

 

 

Isso prova que no recorte de idade, alunos mais jovens preferem a vivência do ensino presencial, enquanto alunos mais velhos, que geralmente já desempenham alguma atividade profissional, preferem a praticidade do EaD.

Além disso, quando filtramos por turno, na Rede Privada, vemos que o EaD tem substituído, principalmente, a modalidade presencial noturna. Desde 2013, foi ela quem sofreu a maior variação negativa, saindo de 57,7% da preferência dos alunos, para 26,4% em 2020.

 

Evasão na Educação Superior Brasileira

Em 2020, 3.215.874 alunos evadiram na Rede Privada, enquanto que, na Rede Pública, este número foi de 569.294. No total, 3.785.168 alunos evadiram durante o ciclo do estudo.

 

 

Destes números, o que mais chama a atenção é a variação. Um aumento de 2,8% na Rede Privada, e de 12,2% na Rede Pública. Em média, um aumento de 4,2%.

Pós-graduação

Dentre os alunos que frequentam a pós-graduação, ganha destaque as diferenças entre a Rede Pública e a Rede Privada. A Privada fica muito na frente em cursos de especialização, enquanto que a Rede Pública ganha em curso de Mestrado e Doutorado.

 

 

Além disso, também chama atenção a variação de novos alunos. Um aumento de 4,8% na Especialização, 8,4% no Mestrado e 37,4% no Doutorado.

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Marcelo Lima
por Marcelo Lima
Marcelo Lima trabalha para colocar estudantes na sala de aula há mais de 20 anos, como profissional de marketing educacional já trabalhou com mais 250 faculdades. É um dos pioneiros do EAD no Brasil e busca sempre os melhores conteúdos em forma de cases e novas ferramentas para os canais da Quero Educação.