Nos dias 25 e 26 de novembro, aconteceu a 6ª edição do Quero Captação, o evento da Quero Educação para reitores, mantenedores, executivos e decisores de Instituições de Ensino.
O Quero Captação 6 foi diferente de todos os outros, pois tivemos algumas peculiaridades. Nos unimos, como principal parceiro, ao FinancIES 2021, um evento anual para reitores e diretores financeiros de Instituições de Ensino. Assim, o Quero Captação aconteceu durante esse evento como uma trilha de palestras. Isso partiu de uma ideia que tivemos para atingir um público diferente do que costumamos receber em nosso evento próprio.
Outra peculiaridade foi o formato. Em nossa última edição, até pelas limitações impostas pela crise sanitária, fizemos tudo online. Desta vez, o evento ocorreu em formato híbrido, com o presencial em Sorocaba, interior de São Paulo, para um número limitado de pessoas. E a transmissão online, onde participantes de todo o Brasil puderam assistir a todas as palestras.
Neste edição, tivemos como tema principal “Edtechs e Instituições de Ensino: quero cooperação ou competição?”. No total, foram 20 palestrantes divididos em dois dias de evento. Nesse período, os participantes também tiveram tempo para confraternizações, workshops práticos, visitas a estandes e o sempre bem-vindo networking.
De público, recebemos mais de 180 participantes presenciais, além de mais de 350 participantes online, a grande maioria formada por decisores de IEs.
A trilha de palestras do Quero Captação 6
A primeira parte do Quero Captação coube a mim. Participei da abertura do evento, acompanhado pelos sempre ótimos Jeferson Vinhas, presidente do FInancIES e CFO da Unicesumar, e Rogério Augusto Profeta, reitor da Uniso e nosso anfitrião.
Durante minha fala, pude comentar um pouco sobre os principais pontos que pautaram nossa trilha de palestras nos dois primeiros dias, além de dar um panorama geral sobre as novidades da Quero Educação durante o ano, como a recente aquisição da startup Descubra o Mundo.
Educação em números: impactos da pandemia
A nossa primeira palestra foi conduzida pelos amigos Walbio Figueiredo e Flávio Rabelo Barros, respectivamente Diretor Comercial e Diretor Financeiro da Quero Educação. Eles trouxeram diversos pontos que renderam muitas discussões.
Destaco três momentos. Primeiro, a explicação sobre o uso que fazemos do Big Data. Segundo, o insight da alta demanda por cursos da área da saúde, que hoje tem 7 dos 10 cursos mais buscados na graduação presencial. E terceiro, as curvas de demanda por cidade, em que pudemos visualizar quais as faixas de preço são mais buscadas para determinado curso em determinada cidade.
Todos estes são exemplos de como o uso inteligente de dados pode ajudar na tomada de melhores decisões por parte das IES. E, mais importante de tudo, deixaram o convite para que todos tenham contato com essas informações.
Mesa-redonda: Qual será o futuro da educação e o papel das IES e das EdTechs?
No dia seguinte, coube a mim, de novo, abrir o dia. Dessa vez, durante uma mesa-redonda, acompanhado novamente por Jeferson Vinhas, além de Rafael Baddini, Sócio-diretor de Estratégias e negócios do grupo Pravaler, e Edgard Cornacchione, Presidente da FIPECAFI.
Muitas questões pertinentes foram levantadas, e eu falei um pouco sobre minhas principais preocupações, como, por exemplo, em relação às pequenas e médias instituições de ensino. Elas, muitas vezes por não se anteciparem, acabam permitindo um mercado de livre circulação para as grandes IEs. Esse é um papo para muitas outras mesas-redondas.
Cooperação ou Competição? Análise das possibilidades de ganhos para todos.
Na última palestra, Alexandre Murat, Diretor de Planejamento Comercial aqui na Quero, e Bruno Machado, CTO na Funcional Health Tech, trouxeram a palestra que deu nome ao evento.
Foi muito importante para trazer um panorama bem completo sobre a importância e o crescimento das Edtechs no Brasil, que tem hoje 39 das 100 mais startups de educação mais promissoras da América Latina, segundo a Holon IQ ( e a Quero Educação está neste seleto grupo).
Além disso, eles trouxeram alguns cases de sucesso de produtos e soluções surgidas a partir da cooperação entre Instituições de Ensino e Edtechs. Acho que a mensagem principal, que conseguiu ser passada para todos os participantes, é: as Edtechs vieram para ficar, mas não para competir. A relação entre elas pode (e deve) ser uma relação ganha-ganha.
As palestras do FinancIES 2021
Tivemos excelentes palestras e mesas-redondas, onde conheci um pouco mais sobre as soluções tecnológicas que têm sido desenvolvidas por outras Edtechs e, até mesmo, pelas próprias Instituições de Ensino.
Como palestrante convidado, contamos com a presença ilustre de José Berenguer, CEO do Banco XP SA, que contribuiu muito com o seu conhecimento e assustou algumas pessoas com suas previsões econômicas.
E, também da Elizabeth Guedes, amiga de longa data e presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), trazendo o panorama do setor da educação privada como um todo e quais os pontos de atenção que devemos ter nos próximos meses. Palestras muito ricas em conhecimento.
Quero Captação 6: impressões gerais
Minha impressão geral é muito positiva. Pudemos rever parceiros, iniciar conversas e compartilhar ideias para melhorar a educação no Brasil.
No fim, acredito que a Quero Educação cumpriu o seu papel como uma das principais Edtechs do Brasil: a de delimitar como serão as conversas daqui para a frente com nossos parceiros. Deixando de lado a competição e focando na cooperação.
Já estou à espera da próxima.
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