Nos últimos dias, uma thread surgida no Twitter ganhou a atenção de todos que trabalham com Educação. Ela destacava a queda vertiginosa no número de inscrições no SiSU.

Daniel Castro, Pedagogo e Mestre em Educação pela UFRJ viralizou com um tuíte em que mostra, com informações extraídas do próprio site do MEC, a evolução das inscrições no SiSU ano a ano, desde a sua criação, e aponta como elas têm caído.

Desde 2015, ano em que o SiSU atingiu seu auge de inscrições, com 7.734.626 inscrições, a ferramenta vem em queda. No último, em 2021, atingiu 3.111.450 inscrições, uma queda de mais de 60%, atingindo o segundo menor número de inscritos desde a sua criação, em 2011.

Soma-se a isso o fato de que os participantes do SiSU tem direito a até duas inscrições, podendo escolher as suas 1ª e 2ª opções, contabilizando duas inscrições. Ou seja, o número de estudantes inscritos é praticamente a metade do número de inscrições.

 

Logo em seguida, no artigo de opinião de Rodrigo Ratier, publicado no UOL, ele conversa com Adriano Senkevics, Pesquisador do Inep e Doutor em Educação pela USP, sobre quais seriam os principais motivos para essa queda. Adriano elenca, para ele, os 6 principais motivos para a queda:

  • Crise econômica;
  • Menos investimentos;
  • Elitização do Enem;
  • Custos para seguir estudando;
  • Pandemia;
  • Desinteresse pelo ensino superior.

Concordo com todos os pontos elencados. Porém, destaco que, destes, talvez o que tenha uma influência direta sobre a queda no número de inscrições seja o Enem. Não apenas pela elitização da prova, mas também pela queda do interesse e do número do inscritos.

Eu já falei sobre isso em outros momentos: o Enem também têm experimentado quedas acentuadas no número de inscrições. Em 2014, atingiu seu pico, com 8.722.910 alunos inscritos. Hoje, em 2021, o número de inscritos caiu para 3.109.762, o menor número desde 2007.

Além disso, em 2021 apenas 2.179.599 dos inscritos realizaram efetivamente as provas. Como apenas quem fez o exame pode se candidatar no SiSU, a queda é natural.

E ainda que esses números sejam alarmantes, eles não representam a totalidade da Educação Superior Brasileira. Por isso, gostaria de contribuir com mais um ponto, que considero imprescindível:

Estudantes estão recorrendo cada vez mais ao ensino superior privado

Precisamos reconhecer que as Instituições de Ensino privadas têm feito avanços importantes e conseguido atuar onde as Instituições de Ensino públicas não conseguem, e nem parecem ter o interesse.

Enquanto a rede pública oferece pouco mais de 220 mil vagas anuais, a rede privada consegue oferecer um número de vagas na casa dos milhões, suprindo lacunas da rede pública.

As IES privadas têm criado soluções que atendem às demandas mais imediatas da população brasileira, como uma adaptação mais rápida aos ambientes virtuais, que foram tão necessários durante a pandemia.

E o setor privado da Educação como um todo também tem se mexido. Foram criadas soluções de ingresso unificadas, que funcionam como alternativas ao Enem. Um exame que, apesar de todas as suas qualidades (e são muitas) deixa de atender uma parcela significativa da população, não só por representar uma barreira financeira, mas também pela tempo e dedicação necessários para a prova.

Um exemplo desses esforços é o Penem, desenvolvidas aqui na Quero Educação em parceria com a ANUP. Aceita em mais de 350 IES privadas, as provas não trazem qualquer custo ao estudante, pois são gratuitas e podem ser realizadas a qualquer momento, em casa, e sem prejudicar a confiabilidade da prova, devido aos sistemas de segurança e antifraude.

Vamos trabalhar juntos para melhorar a educação do Brasil?

Para quem, assim como nós da Quero Educação, quer tornar a educação brasileira mais acessível, entre em contato conosco. Juntos podemos trabalhar para encurtar as distâncias na educação.

Marcelo Lima
por Marcelo Lima
Marcelo Lima trabalha para colocar estudantes na sala de aula há mais de 20 anos, como profissional de marketing educacional já trabalhou com mais 250 faculdades. É um dos pioneiros do EAD no Brasil e busca sempre os melhores conteúdos em forma de cases e novas ferramentas para os canais da Quero Educação.