Você sabe tudo sobre o “novo normal” da educação no Brasil? Descubra o que é e veja as principais mudanças que irão ocorrer nos próximos meses

É difícil imaginar o cenário de retorno às aulas presenciais, não é mesmo?

Nem mesmo os maiores especialistas do mercado educacional podem dizer, com clareza, como será o futuro do ensino superior daqui por diante.

O famoso conceito de”novo normal”, sinônimo da necessidade das intensas mudanças que têm ocorrido, por sua vez, colabora para a ressignificação do papel das instituições de ensino e da relação das pessoas com a educação em seus mais diversos viés. Tem sido difícil no entanto, em meio a tantas novidades, planejar o que irá acontecer nos próximos semestres.

Por isso e com o intuito de nortear as próximas estratégias de avanço para a sua instituição de ensino, resolvemos compartilhar neste post as principais tendências e conceitos sobre as próximas mudanças na educação.

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Mas afinal, o que é o conceito de “novo normal”?

Embora muitos acreditem que o conceito de “novo normal” tenha surgido devido à crise ocasionada pelo novo coronavírus, ele existe desde o ano de 2009 e já era abordado por observadores do mercado econômico, como a McKinsey, em referência à adaptação da crise originada nos Estados Unidos em 2008, ocasionada por uma bolha imobiliária que inflacionou os valores imobiliários e prejudicou a renda de toda a população.

Tal definição está associada, principalmente, a uma mudança drástica da sociedade. Em suma, a uma transformação substancial no modo de fazer as coisas, sejam elas corriqueiras ou complexas, e não a uma retomada imediata ao status anterior.

No Brasil, o conceito de “novo normal” tem sido utilizado para abordar as mudanças no modelo de trabalho, instituições de ensino, adaptação às medidas preventivas e, também, ao risco iminente do contágio pelo Covid-19.

O “novo normal” para o setor da educação

O “novo normal” para o setor da educação está, literalmente, ligado ao uso e expansão da tecnologia. Afinal, outrora evitado por muitas instituições de ensino, o ensino híbrido (misto entre o modelo presencial e remoto de ensino), precisou ser imediatamente implantado devido à determinação do período de quarentena (medida preventiva contra o contágio do novo coronavírus).

“Essencialmente, o período – que estamos chamando de o novo normal – trouxe o uso da tecnologia para aperfeiçoar a educação. O setor foi o que mais utilizou o recurso e vamos dar continuidade neste uso da tecnologia focando no aprimoramento sempre .” confirmou Josiane Tonelotto, Superintendente Acadêmica da universidade Belas Artes.

O momento é de deixar de lado os planos educativos que existiam antes da crise, para remodelar as novas perspectivas de futuro da educação em nosso país. Afinal, mesmo que exista uma previsão de retorno dos alunos da educação presencial para o mês de outubro, não há garantias de que isto de fato vá acontecer, e será preciso começar a pensar sobre como e quais recursos podem contribuir para a continuidade da experiência da educação para entender a real importância da escola e da universidade para o futuro da nossa sociedade.

O que, com certeza, irá mudar daqui por diante para as instituições de ensino?

  1. A tecnologia como potencializadora de aprendizagem: tendo em vista que a tecnologia agiu como grande aliada dos professores e estudantes, neste período de pandemia, espera-se que continue atuando como potencializadora de aprendizagem daqui por diante. De modo geral, recursos como salas de aula virtuais e interação via aplicativos de mensagem e vídeo devem ser utilizadas como opção, num modelo de ensino mais flexível e cada vez mais híbrido.
  2. A ciência em evidência: os investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação, que vinham sendo reduzidos nos últimos anos, podem sofrer impacto positivo nos próximos anos. Entram em cena pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, novos modelos de negócios e novas tecnologias.
  3. O marketing de causa será a grande sacada das campanhas: o início da crise apresentou a necessidade de adaptação para as organizações desenvolveram ações de conscientização para evitar a disseminação do novo coronavírus. O marketing de causa ganhou, durante a pandemia, expressividade e espaço e acompanhará o “novo normal” para o setor da educação. Estratégias genuínas de comunicação e relacionamento resultarão em laços mais estreitos entre instituições, professores e estudantes.
  4. Atendimento humanizado: em momentos delicados como o que estamos vivenciando hoje, é extremamente importante segmentar o atendimento de acordo com o cenário e realidade dos alunos. Além disso, humanizar e tornar o atendimento cada vez mais empático, será a grande sacada das instituições de ensino nos próximos meses.

Desde que foi decretada a pandemia mundial do novo coronavírus, todos precisaram se adaptar e buscar novos meios de realizar atividades que outrora costumavam ser simples. Tendo sido o setor da educação um dos que mais sofreram os impactos negativos ocasionados pelas medidas de contenção do COVID-19.

As estratégias de ensino e aprendizagem precisam ser revistas e os aprendizados com as aulas remotas refletidos no futuro do setor da educação. Afinal, mesmo que muitos estejam abordando o “novo normal”, este período que estamos vivendo trata-se muito mais de uma complementação do tradicional com a tecnologia, do que de um processo completamente inovador.

 

Marcelo Lima
por Marcelo Lima
Marcelo Lima trabalha para colocar estudantes na sala de aula há mais de 20 anos, como profissional de marketing educacional já trabalhou com mais 250 faculdades. É um dos pioneiros do EAD no Brasil e busca sempre os melhores conteúdos em forma de cases e novas ferramentas para os canais da Quero Educação.