Mais de 256 mil alunos abandonaram o curso de graduação em universidades privadas durante os meses de abril e maio, segundo um levantamento do SEMESP (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos do Ensino Superior). Os dados mostram que reter estudantes tem sido uma dificuldade, a evasão está quase 32% maior que o mesmo período do ano passado.

A pandemia tem criado obstáculos para os estudantes, que tiveram perda total ou parcial da renda, e também para faculdades, que em meio a inadimplência, sofrem para honrar salários de professores, criar e alimentar plataformas de ensino a distância, reter estudantes e manter os seus cursos.

Porém, sem negociação, a evasão pode agravar o quadro. “No cenário em que os alunos sofrem com a perda de renda e a faculdade sofre com a inadimplência, é vital avaliar caso a caso os pedidos de descontos ou negociações”, afirma Marcelo Lima, diretor de Relações Institucionais da Quero Educação.

A seguir veja os impactos e como reter estudantes durante a pandemia:

Como reter alunos e preservar receita?

Com menos recursos, ceder um desconto maior que o necessário para um aluno que não teve a renda tão impactada pode significar um desconto insuficiente para outro aluno que tenha sido mais afetado. É necessário analisar caso a caso e oferecer alternativas para quem realmente precisa. Mais que isso, oferecer a solução certa na medida certa. 

Como avaliar pedidos de alunos?

A crise provocada pela pandemia teve impactos nunca antes vistos. Naturalmente, as faculdades não estavam preparadas para analisar os pedidos de negociação de mensalidades. Negociar de forma justa exige análises mais qualitativas que a conversa entre secretários e alunos no balcão da faculdade. A tecnologia pode ajudar a fazer isso a distância, de forma escalável, segura e justa para ambas as partes.

Como usar a tecnologia?

Frente aos pedidos de redução de mensalidade e aos impactos da inadimplência e evasão nas faculdades, a Quero Educação desenvolveu o Quero Retenção. Adquirido pelas faculdades, que o disponibilizam em seus canais oficiais, o sistema recebe as solicitações de desconto dos alunos, acompanhadas de documento de identificação, comprovante de renda e comprovante de endereço, analisa o perfil financeiro e, no prazo de 3 dias, informa ao aluno a % de desconto ou parcelamento que a faculdade pode oferecer. 

Quais os impactos na IES?

Não há nada que obrigue as instituições de ensino a negociar, mas ignorar as solicitações dos alunos não deve alterar o quadro. Segundo o SEMESP, no mínimo 11,3% dos estudantes devem terminar o ano inadimplentes, com ao menos uma mensalidade atrasada. 

Quando o aluno atrasa uma mensalidade, no mês seguinte os valores se acumulam e em poucas semanas a inadimplência se converte em evasão. Caso a faculdade parcele a dívida da mensalidade e a dilua nos meses seguintes, ou postergue o parcelamento para os meses finais do curso, esse aluno pode ganhar fôlego para se manter estudando. Por outro lado, fazer isso com alunos que não precisem, além de desnecessário, é um desperdício de tempo e receita.

A tecnologia como aliada

Desde que foi decretada a pandemia mundial do novo coronavírus, todos precisaram se adaptar e buscar novos meios de realizar atividades que outrora costumavam ser simples. O setor da educação está entre os que mais sofreram os impactos negativos ocasionados pelas medidas de contenção da COVID-19.

Diante do crescimento exacerbado da inadimplência e da evasão no ensino superior, é importante repensar estratégias e inserir soluções financeiras para garantir a retenção dos estudantes. 

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Jannete Xavier
por Jannete Xavier
Jornalista e Relações Públicas na Quero Educação