Com a pandemia da COVID-19 e as consequentes ações emergenciais, o mercado da educação passou por importantes e profundas transformações.

Se pudéssemos resumir 2020 em duas palavras, as mais adequadas, sem dúvida, seriam: aprendizado e desafio. Afinal, um ano atípico e histórico nos colocou diante de situações completamente inesperadas, que exigiram soluções inovadoras e uma capacidade de reinvenção nunca antes experimentada.

Realmente, não foi fácil. Mas, 2020 nos mostrou realidades diversas e nos ajudou a acelerar transformações que, em muitos casos, já estavam em curso.

Diante disso, que tal fazermos um balanço desses impactos no mercado da educação? Veja só!

Pandemia e a aceleração digital

No final de fevereiro, a pandemia da COVID-19 chegou ao Brasil, exigindo que todos mudássemos as dinâmicas do dia a dia. A expressão do momento passou a ser: distanciamento social.

Com isso, a educação presencial foi bastante impactada, levando os estudantes para as suas casas e as instituições a buscar alternativas que permitissem a manutenção das atividades.

O aprendizado foi geral. De um lado, os alunos precisaram adequar rotinas e métodos de estudos a uma realidade digital. Por outro lado, professores precisaram desenvolver a habilidade de ministrar aulas mediadas por telas.

E não parou por aí! Foi preciso adequar as avaliações, os serviços e todo o suporte aos alunos para ambientes on-line.

Os impactos não foram apenas no âmbito privado. Afinal, políticas públicas, legislação e ações governamentais precisaram ser revistos e criados para que as instituições conseguissem organizar a gestão, neste período, e para que os alunos tivessem acesso às ferramentas necessárias para manter o cotidiano de aulas a distância.

Do ensino remoto ao ensino híbrido

Com a rapidez dos acontecimentos, as instituições precisaram migrar as aulas presenciais para o sistema remoto. Esse processo, que já vinha sendo desenhado e experimentado em todo o mercado de educação, precisou ser acelerado.

Em um primeiro momento, apenas como caráter emergencial. Porém, no decorrer dos meses, o Ensino Híbrido entrou em pauta nas discussões do setor e não saiu mais, mostrando que essa será uma realidade bastante forte no período pós-pandemia.

Ferramentas, métodos, formação de corpo docente, gestão… todos esses processos, ligados à implantação definitiva do modelo híbrido, foram acelerados e prometem continuar vivos e fortes na pauta 2021 do mercado de educação.

Mudança do Enem e seus impactos

Um ponto bastante sensível para o Ensino Superior foi a mudança dos calendários dos vestibulares e do Enem. Como vocês devem se lembrar, a data do Exame Nacional do Ensino Médio foi definida apenas no meio do ano, mudando toda a dinâmica de captação para 2021.

Diante dessa realidade, as instituições de ensino privadas precisaram implementar novas estratégias para manter aquecido o mercado. Uma dessas alternativas foi a criação de vestibulares on-line para apoiar o acesso dos estudantes ao ensino superior no período habitual. A Quero, por exemplo, em parceria com a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), criou a Prova Estudantil Nacional do Ensino Médio (Penem), que será essencial para o sucesso da captação de alunos no verão de 2021.

Outra estratégia importante foi a antecipação de matrículas. Afinal, mesmo diante de uma situação atípica, pesquisas mostram um crescimento da intenção dos alunos de iniciarem a graduação no início de 2021. Portanto, aqueles que saírem na frente terão mais vantagens em relação à concorrência.

Mudanças estratégicas

O impacto da pandemia foi tão forte no Ensino Superior, que as instituições mudaram suas estratégias no decorrer do ano.

Enquanto instituições menores passaram a promover integrações, os grandes grupos partiram em busca de fusões e aquisições. Ambas as estratégias tornaram 2020 um ano de grandes movimentações no mercado educacional.

Além disso, a participação do ensino a distância e dos marketplaces na captação de alunos tem sido fator essencial para a garantia do sucesso das campanhas, neste período.

Todas estas transformações não têm data para terminar. São movimentos definitivos que continuarão impactando o mercado. Portanto, não devem sair do radar dos gestores do ensino superior. E, assim, já temos uma ideia do que virá em 2021. Que outras surpresas nos aguardam?

Marcelo Lima
por Marcelo Lima
Marcelo Lima trabalha para colocar estudantes na sala de aula há mais de 20 anos, como profissional de marketing educacional já trabalhou com mais 250 faculdades. É um dos pioneiros do EAD no Brasil e busca sempre os melhores conteúdos em forma de cases e novas ferramentas para os canais da Quero Educação.